Há alguns anos a História Cultural tem desenvolvido considerações teóricas originais para contribuir na compreensão global dos aspectos subjetivos das manifestações de poder. Nesse contexto, o imaginário social passou a ser visto como um importante lugar estratégico de qualquer força política. Símbolos e representações guiam ações, modelam comportamentos, canalizam energias e, em última instância, legitimam violências. Deste modo, como observa Baczko (1985), através dos imaginários sociais uma coletividade constrói uma certa representação de si, qualifica a sua identidade, exprime e impõe crenças comuns e organiza a distribuição dos papéis sociais.
O objetivo do Grupo de Estudo em Comunicação e Imaginários Sociais (Imagicom) é empreender um debate interdisciplinar para sustentar futuras pesquisas sobre o papel dos meios de comunicação na difusão desses imaginários.
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Bibliografia para 1. semestre
BACZKO, Bronislaw. Imaginação social. In: Enciclopédia Einaudi: Anthropos – Homem, v. 5. Lisboa: Imprensa Nacional/Casa da Moeda, 1985.
BALANDIER, Georges. O poder em cena. Brasília: Editora UnB, 1982.
FONSECA, André Azevedo da. A imaginação do poder: o teatro da política na encenação da legitimidade. Contracampo. Rio de Janeiro, n. 16, 1. semestre 2007. p. 167-182.
GOFFMAN, Erving. A representação do eu na vida cotidiana. 7 ed. Petrópolis: Vozes, 1996.
MAFFESOLI, Michel. O mistério da conjunção: ensaios sobre comunicacão, corpo e socialidade. Porto Alegre: Sulina, 2005.
SCHARTZENBERG, Roger-Gérard. O estado espetáculo: ensaio sobre e contra o star system em política. São Paulo: Círculo de Livro, s/d.
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Coordenação: André Azevedo da Fonseca
Universidade de Uberaba (Uniube)
Comunicação e Imaginários Sociais
30 de maio de 2009
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