Mais um vídeo da série Pedagogia da autonomia



Está no ar o novo vídeo da série Pedagogia da Autonomia, de Paulo Freire. Este vídeo discute o princípio de que todo conhecimento é inacabado, no sentido de que é um processo que se desenvolve continuamente. O próprio ser humano é um projeto ainda inconcluso. Uma educação humanizadora, portanto, é aquela em que o sujeito participa dos processos de construção do conhecimento e de reinvenção da humanidade com a sua inteligência e a sua sensibilidade. Mas para isso, é preciso superar a consciência ingênua e desenvolver a consciência crítica por meio de uma educação humanizadora. Todos estão convidados para assistir ao vídeo e interferir  nas ideias de Paulo Freire, registrando as suas interpretações no fórum!

Confira o primeiro vídeo da série Pedagogia da Autonomia, de Paulo Freire



Acaba de ser publicado o primeiro da série de 30 vídeos que vai explicar os princípios da Pedagogia da Autonomia, de Paulo Freire. Vejam e ajudem a compartilhar! Essa série vai contribuir muito para melhorar a qualidade do debate sobre Paulo Freire nas redes sociais. E todos estão convidados para participar do fórum e conversar mais sobre a educação que queremos!

Uma análise do mito do herói na política



Vídeo explica como o mito do herói é encenado pelos políticos que querem se apresentar como aquele capaz de combater o mal e salvar o seu povo. Inscreva-se  http://bit.ly/canaldoAndre
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Como vimos no vídeo anterior, em tempos de crise, quando uma sociedade se sente ameaçada por inimigos, reais ou imaginários, as pessoas ficam ansiosas e passam a invocar a presença de um herói salvador para libertá-las do mal.

Muitas vezes os heróis são criados a partir de uma série de manipulações conscientes dos agentes históricos, que aprendem a ler os sinais do seu tempo. Eles identificam o código das angústias sociais e passam a encenar aquele papel que a sociedade espera do seu herói.

Napoleão é um caso clássico. Ele tinha muita consciência da necessidade de encomendar pinturas que o representassem de forma heróica, de encomendar peças de música e de teatro onde a sua figura era louvada, e com isso ele cnquistava a reverência das pessoas.

Mas para se criar um herói nacional são necessários alguns pré-requisitos.

1) Primeiro, é preciso uma certa disponibilidade social. É o que Girardet chama de “O tempo da espera e do apelo”.

2) Depois há o tempo da presença, quando o herói salvador finalmente se anuncia.

3) Por fim, há o tempo da lembrança, quando a figura do salvador do passado vai se modificando por conta dos movimentos da memória coletiva.

De acordo com o momento histórico, a sociedade precisa de um herói com essa ou aquela característica. Giradet procura simplificar em quatro categorias.

A primeira imagem legendária é a do velho homem que conquistou fama nas guerras do passado. Ele comandou grandes contingentes, exerceu com honra diversos cargos e depois decidiu se retirar da vida pública.

Mas em um momento crucial, esse homem abandona o seu projeto de uma velhice tranquila e obedece ao chamado de seu povo. E sob o discurso de ter feito uma “doação de sua pessoa“ para a sua pátria, ele conquista um poder supremo.

Outro tipo de herói é aquele que se caracteriza pelo ímpeto e pela audácia conquistadora dos jovens em busca da glória. O seu poder não depende da nostalgia das pessoas. Ele vem do entusiasmo, da ação imediata. Esse herói não oferece proteção. O que ele propõe é um chamado à aventura.

Agora, se durante aquele momento revolucionário o herói parece deixar a ordem humana para ingressar em uma esfera sagrada, ele pode também, no cotidiano do poder, se tornar o fundador de uma nova ordem institucional.

E é aí que entra em cena o terceiro tipo de herói: o homem providencial. São os pais fundadores da nação. São aqueles que se apresentam como os únicos capazes de sustentar as instituições, porque são os fiéis guardiões dos fundamentos da pátria.

E por fim, há o mito do profeta.

O profeta é aquele que anuncia um novo tempo, que consegue ler na história os sinais que os outros ainda não conseguem perceber. O profeta se apresenta como se fosse conduzido por uma espécie de impulso sagrado para guiar o seu povo pelos caminhos do futuro.

Nas propagandas ideológicas ele é apresentado com aquele olhar inspirado que atravessa a neblina do presente. Com seu carisma, ele vincula o seu destino pessoal ao destino coletivo. O chefe profético, portanto, não é apenas um simples representante, mas ele simboliza a presença de todo o povo conduzindo a pátria. Ele é a sua encarnação no sentido mais profundamente religioso do termo: encarna a nação na totalidade de seu destino histórico, em seu passado, em seu presente e em seu futuro.

Agora, ainda que seja uma fabulação, todo processo de heroificação depende da relação entre a personalidade do salvador e as necessidades de sua sociedade, em um momento histórico.
Ou seja, mesmo com muita propaganda, não é tão fácil criar um herói. O candidato a herói tem que ter, nas suas características pessoais, um conjunto de elementos que correspondem às expectativas da sociedade naquele momento.

Napoleão é um bom exemplo dessa dinâmica. Em cada fase de sua vida ele soube representar o tipo de herói necessário para a sua época. Do jovem audacioso, guerreiro e aventureiro, ao homem providencial, fundamento da pátria.

A análise da imagem do herói é muito interessante;
Como ele é formulado em sintonia com o imaginário de seu tempo, a identificação das características dessa figura ajuda na interpretação das ideologias, das mentalidades e dos modelos de autoridade que são aceitos em uma sociedade.

Palavras-chave: comunismo, fascismo, capitalismo, nazismo, imperialismo, segunda guerra mundial, propaganda ideológica, Hitler, Mussolini, general franco, Napoleão

Explicando as teorias da conspiração



Propagandas ideológicas sempre empregam figuras de monstros, animais peçonhentos e criaturas diabólicas para atribuir um sentido nefasto ao adversário. Inscreva-se  http://bit.ly/canaldoAndre

Este vídeo analisa uma série de imagens utilizadas na fabulação de teorias da conspiração no século XX.
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Referência bibliográfica
GIRARDET, Raoul. Mitos e mitologias políticas. São Paulo: Cia das Letras, 1987.

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Nas mais diversas peças de propaganda ideológica da história do século XX, a gente pode observar que o padrão das narrativas das teorias da conspiração, em geral, reproduzem, essencialmente, as imagens míticas da descida progressiva para o abismo, para o subterrâneo e para as trevas.

Capitalistas contra comunistas.  Antissemitas contra judeus. Liberais contra socialistas. Nazistas contra comunistas e vice versa.

Todas as doutrinas ideológicas se empenharam para utilizar esses tipos de imagens para carregar o inimigo com um espectro sombrio, maléfico e diabólico.

É quase sempre à noite que os conspiradores combinam de se encontrar para tramar os seus planos secretos.

Esses inimigos usam vestimentas escuras e sombrias. Os homens de preto são a representação clássica da organização secreta que atua no controle do planeta.

E a noção de que eles atuam no subterrâneo e todas as suas variações – a caverna, a cripta, o porão, o andar secreto no subsolo – tudos esses símbolos têm um papel essencial na construção do discurso da conspiração.

Escritores de livros de aventuras sabem disso e utilizam essas imagens com muita desenvoltura. Eles percebem que as pessoas se impressionam muito com essas descrições.
Escritores envolventes sabem manipular a angústia dos leitores com tanta segurança, que muitos passam a desconfiar, acreditar e mesmo jurar que aquela história é verdadeira.

A partir de imagens arquetípicas, que nos causam temor desde sempre, como a escuridão, a sombra, o nevoeiro, a tempestade que se anuncia, escritores introduzem os leitores em um mundo incompreensível e, exatamente por isso:  amedrontador.

Surgidos sempre de lugares longínquos, misteriosos, os homens de preto têm a função de encarnar a ameaça do não-familiar, do Outro, do Estrangeiro no sentido mitológico do termo.

A ameaça que essas figuras inspiram é aquela que jamais deixou de assombrar os pesadelos das cidades pacíficas e ordeiras: a do vagabundo , que com a sua simples presença rondando os bairros já ameaça os lares felizes.

Ou do forasteiro misterioso que traz a doença e a epidemia, e que faz a colheita apodrecer e o gado morrer. Ou a do intruso que invade as casas das famílias e provoca perturbação e a ruína.

“A insegurança e o medo começam com a passagem dos desconhecidos que vagueiam na noite”

E é na sombra também que se escondem os animais imundos. É da sombra que eles surgem.

Não é à toa que as imagens cuidadosamente escolhidas para representar os inimigos de modo repulsivo procuram sempre associar o outro a um bestiário mítico que causa arrepios no inconsciente.

Esse bestiário reúne todo animal que rasteja, se infiltra e se esconde, que é ondulante e viscoso, que é portador da sujeira e a infecção. A serpente, o rato, a sanguessuga, o polvo... e entre os animais repulsivos, a imagem da aranha é uma das mais poderosas. E não é por acaso. A aranha é o animal peçonhento que tece a sua armadilha com uma paciência meticulosa, envolve as suas vítimas, entrelaçando a presa no emaranhado de suas teias, até devorá-la lentamente.

Pela sua capacidade de se multiplicar silenciosamente e espalhar a doença de forma invisível, a imagem da praga foi amplamente utilizada nas propagandas ideológicas para atribuir um sentido repulsivo e instigar o ódio e o desejo de extermínio do inimigo.
O porco que se alimenta do lixo, da podridão e da sujeira, e também o lobo assassino, de olhos de fogo e sedento de sangue, são outros animais que costumam fornecer imagens poderosas nas disputas simbólicas da propaganda ideológica.

Mas em uma perspectiva mitológica, as propagandas criadas para associar uma imagem torpe ao adversário político podem evoluir muito rapidamente desse bestiário sombrio e repulsivo para uma representação literalmente maléfica e diabólica do outro.

A conspiração



“Os protocolos dos sábios de Sião” foi um documento forjado que estimulou a teoria da conspiração mais popular da História: o mito da dominação judaica. Essa falsificação foi utilizada por Hitler e pelo nazismo para justificar o extermínio dos judeus na Segunda Guerra Mundial.
Palavras-chave: antissemitismo, nazista, Israel

Estamos em Praga, por volta da metade do século XIX, entre as sepulturas amontoadas do velho cemitério judeu. A meia-noite logo vai soar, o silêncio se torna mais pesado sobre a cidade, a escuridão se faz mais espessa. As portas do cemitério foram entreabertas; sombras deslizam furtivamente, envoltas em longos mantos, depois se reagrupam em torno de uma pedra tumular. Trata-se dos representantes das doze tribos de Israel que, segundo uma tradição secreta, devem todos os séculos, entrar em acordo sobre os procedimentos que devem tomar para garantir o sucesso do plano milenar de dominação do mundo.

E então, segundo essa história, um desses sábios  afirma mais ou menos assim: já que o povo de Israel foi pisoteado, humilhado, perseguido e teve que se dispersar pelo cinco continentes, eles deveriam dominar todo o planeta. A Terra inteira pertenceria aos judeus.

Nesse vídeo a gente vai ver como essa narrativa fictícia se desenvolveu no imaginário ocidental até se transformar no mito da grande conspiração judaica, que acabou legitimando violências da magnitude do holocausto.

Segundo Raoul Girardet, o mito da conspiração judaica tem origem em um capítulo de um livro de ficção medíocre, publicado em Berlim em 1868, com o título de Biarritz. O livro era  assinado sob o pseudônimo de Sir John Retcliffe.  E o escritor, na verdade, era um funcionário demitido do serviço dos Correios da Prússia, chamado Hermann Goedsche. Antissemita, é claro.

Depois de ter sido publicado pela Europa oriental, esse trecho em particular, isolado do seu contexto da obra de ficção, acabou chegando ao público francês pela imprensa.

Só que os jornais afirmavam que a história era verdadeira e baseada em um testemunho autêntico de um diplomata britânico chamado Sir John Readclif – assim mesmo, com a grafia ligeiramente diferente do pseudônimo do romancista.

E além disso, em vez de vários personagens que no romance original  se alternavam no discurso, nessa nova versão a conspiração judaica era revelada por um único rabino.

Não demorou para que a versão do jornal começasse a ser amplamente citada. Em 1896 um livro de François Bournaud, chamado “Os judeus, nossos contemporâneos”, reproduziu essa ideia do “discurso do rabino” e alcançou repercussão internacional.

E já em 1933, a introdução da edição sueca desse livro garantiu que o diplomata que havia revelado a conspiração judaica  havia sido misteriosamente assassinado.

Não se esqueça: o diplomata nunca existiu. Era o pseudônimo do funcionário dos correios, que era o verdadeiro autor do livro de ficção.

O fato é que essa história de um plano metódico, rigorosamente articulado para a dominação do mundo pelos judeus correu o planeta. 

Dezoito séculos pertenceram a nossos inimigos, proclama o rabino na noite do cemitério de Praga; o século atual e os séculos futuros devem pertencer a nós, povo de Israel, e certamente nos pertencerão.”
Segundo esse plano, os judeus, pouco a pouco, dominariam a economia, a política e se enraizariam em todas as esferas da sociedade. Para isso usariam da especulação financeira e da influência nos governos, ao controle das escolas e dos meios de comunicação do mundo inteiro.

O complô judeu, assim como o complô jesuítico e complô maçônico, foram mitos políticos muito presentes no imaginário do século XIX e do século XX.

Aquele “discurso do rabino”, em particular, foi a matéria-prima de um documento primordial da história ideológica contemporânea: Os protocolos dos sábios de Sião.

Os protocolos foram uma falsificação do final do século XIX, produzido pela polícia russa, antes da revolução comunista, ainda no período czarista, e que circulou em vários países antes da Primeira Guerra Mundial. Para se ter ideia do impacto histórico desse mito, esse texto forjado era citado recorrentemente por Hitler  para justificar o extermínio dos judeus.

Desde o século XIX, os folhetins e esses romances populares, direcionados a um público apaixonado por sensacionalismo, forneceram um repertório fabuloso de temas e imagens que instigaram a imaginação política das pessoas.

Mas apesar da criatividade e da diversidade de histórias, ao analisar essas narrativas, não é difícil perceber um mesmo conjunto mitológico na sua estrutura. 

Todos os mitos da conspiração, por exemplo, começam com a imagem daquela entidade secreta que deve ser vista com temor e de desconfiança: a “Organização”.

A fabulação em torno desses mitos políticos segue um roteiro que já é clássico. A organização é descrita como uma entidade repleta de segredos, indevassável e por isso é difícil entender o que “eles” estão maquinando e é quase impossível denunciá-los.  Investigá-los já é perigoso.

Para ingressar na organização é preciso passar por cerimônias e rituais em lugares secretos, clandestinos. Os membros se se comunicam por senhas, códigos e por sinais que só eles entendem. E os cúmplices estão ligados por juramentos e pactos de silêncio. 

Para cumprir seus objetivos, todos os meios são legítimos. Da delação à traição, da espionagem ao assassinato misterioso – envenenamento, desaparecimentos, acidentes...

Na fabulação dessas mitologias, o objetivo final de todas as artimanhas da conspiração não é nada menos do que a instauração do império das trevas em todo o planeta. A gente costuma se achar muito racional, mas nossos juízos políticos estão carregados de mitologias e de religiosidade.


Mas a gente vai ver isso no próximo vídeo. 

Você é corrupto?



O Brasil inteiro está se mobilizando para combater a corrupção. Se você quer participar desse movimento e transformar o país, a primeira coisa a se fazer é encarar um importante questionamento. Assista ao vídeo e reflita.

As mitologias ocultas nos discursos políticos



Muitos analistas argumentam que a política é uma atividade eminentemente moderna, racional, e que aquelas paixões eleitorais são, acima de tudo, ideológicas e programáticas.
Nessa série de vídeos baseados na obra do historiador Raoul Girardet, eu vou demonstrar que grande parte dos discursos que fazem parte da imaginação política das pessoas, vêm das religiões, das crenças populares e da mitologia.

Sem perceber, porque é um fenômeno inconsciente, as pessoas se entusiasmam e  mergulham em um universo mitológico, repleto de conspirações demoníacas, profetas anunciando uma Era de Ouro e heróis prometendo conduzir o povo unido a uma Terra Prometida.

Não há ateu na política.

Ao lado da história política tradicional, que tem contribuído muito para a compreensão da dinâmica histórica, existem algumas vertentes de pesquisa que se interessam por dimensões mais sutis da realidade.

Esse é o caso da História Cultural, que estuda os discursos pelos quais as pessoas criam sentido para o mundo; da história das ideias, que investiga o surgimento e desenvolvimento dos conceitos num plano intelectual, e da história das mentalidades, que analisa as relações entre a imaginação das pessoas e o seu tempo histórico.

Esses estudos levam em consideração o fato de que a história e a cultura também são constituídos por nosso inconsciente. Não é só a razão humana que cria a realidade histórica.

Muitos fenômenos sociais só podem ser compreendidos de forma ampla se a gente considerar a dimensão irracional ou inconsciente desses fenômenos.

E o que se percebe é que em momentos de crise, seja ela política, econômica ou social, as pessoas ficam ainda mais suscetíveis ao que Girardet chama de “efervescência mitológica”.

Denúncia de uma conspiração maléfica que teria o objetivo a submeter os povos à dominação de forças obscuras.

Imagens de uma Idade de Ouro ou de uma Revolução redentora que conduziria a humanidade ao reino da justiça.

Apelo ao grande líder salvador, restaurador da ordem ou conquistador de uma nova grandeza coletiva.

Girardet demonstra que essas narrativas costumam estar presentes no segundo plano das grandes doutrinas políticas da história. E pra ele, a análise dessas mitologias ajuda a explicar a atração irresistível que muitas dessas ideias exercem sobre os seguidores.

Qual teria sido o destino do marxismo, por exemplo, se ele ficasse apenas com o seu sistema conceitual e seu método de análise e não tivesse aquele apelo profético e aquela visão messiânica que o caracteriza?

Cruzadas e guerras santas, incluindo o terrorismo, revoluções, golpes de Estado com discurso salvacionista, nostalgias de um passado idealizado e o culto dos seguidores aos líderes carismáticos também revelam a presença de componentes míticos e mesmo e religiosos em circunstâncias aparentemente laicas.

E como em toda mitologia, é aí que o mito se mostra autônomo, fechado em si mesmo, interessado apenas na auto-afirmação. Ou seja, quando a disputa se torna mitológica, a posição ideológica acaba impactando menos do que a sensação inconsciente de participar de uma batalha mítica do bem contra o mal.

Daí, talvez, o acirramento de ânimos de antagonistas que passam a odiar uns aos outros por diferenças... aparentemente políticas.
Girardet analisa quatro grandes conjuntos mitológicos que, pra ele, ajudam a explicar muitos movimentos da história. A conspiração. A idade de ouro. O salvador. E a unidade. E nós vamos discutir em detalhes cada um desses temas na série mitos e mitologias políticas.

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Grupo de Estudo Interdisciplinar se dedica à investigação dos diálogos e conflitos entre os meios de comunicação e os imaginários sociais. Os grupo se divide em dois eixos temáticos. "Imaginários Políticos" e "Imaginários Sociais".